Ontem no fantástico, uma matéria me chamou a atenção e me motivou a escrever o post de hoje. A cantora Baby do Brasil, por ocasião dos seus 60 anos de idade concordou em gravar um disco com músicas de seus antigos trabalhos – os da fase não cristã -com seu filho Pedro Baby. Não haveria nenhum problema para o mundo evangélico se Baby não fosse uma irmã em Cristo e pastora evangélica. A questão música secular vs. música da igreja é antiga e divide opiniões….
Confesso que quando eu ouvi pela primeira vez o discurso do não-necessariamente-gospel do Marcos Almeida, vocalista do Palavrantiga (banda que gosto muito), temi pelo fim da coisa. Não que eu advogasse contra a audição de música secular, na verdade, creio que o cristão é livre par decidir pelo que entende ser o melhor pra si. Sou contra qualquer tipo de sistema opressivo que diga ao crente o que deva ou não ouvir. Isso cria um sistema totalmente farisaico, onde a base da espiritualidade se torna o mosquito e não o camelo. Por outro lado, entendo algumas orientações e precauções de alguns líderes e acredito pessoalmente que se quisermos uma vida cristã mais plena devemos nos alimentar mais da música do céu – o que não significa necessariamente que ela seja “gospel“(sic.). Achava porém que a música cristã poderia acabar perdendo o referencial e os próprios artistas poderiam comprometer a sã doutrina, ou seja, a verdade cristã em si com esse discurso do não-necessariamente-gospel. O tempo passa e a gente evolui, embora eu ache que um deslize realmente possa acontecer, também entendo que o fenômeno do que chamei em tom de brincadeira de semi-gospel seja necessário. Não somente é necessário para que aumente o alcance da mensagem do evangelho, mas o tal semi-gospel de bandas como Crombie, Palavrantiga e diversas outras americanas como P.O.D, Switchfoot e Lifehouse (porque a coisa é mais forte onde o evangelho crescera mais) é o efeito da ação e propagação da Palavra não tão próxima de seu epicentro, o que não quer dizer que eu pretenda julgar a experiência dos músicos em questão. Culturalmente este fenômeno do semi-gospel é importante porque representa um alcance mais extensivo em outros aspectos da vida do povo.
Eu sempre acreditei que o a música gospel no Brasil- devido ao seu crescimento- atingiria um nível em que sua influência faria com que cantores não evangélicos a utilizassem sem restrição, e promoveria encontros musicais entre evangélicos e não-evangélicos… Isso já está acontecendo com frequência por aqui….
No mais galera, é preciso respeitar a devocão de cada um. Quem não ouve música secular e o faz pra Deus, assim o faz, quem acha por bem escutar, que não seja alvo do julgamento dos outros. Me lembro bem das bodas de um casal de pastores onde tocou umas músicas dos anos 50, 60… Aliás, foi por consentimento dos próprios pastores…. A galera daquela festa era das mais consagradas que eu já conheci, e para surpresa de alguns, talvez, muitos dançaram e brincaram, todos com decência e sem apelos sensuais. Foi uma noite divertida.
No link abaixo um vídeo sobre o assunto do programa Santa Geração da Rede Super, com a direção do amado pastor Cirilo, refeferência espiritual pra muitos, inclusive pra mim.
´´E a música do filme? É de Deus ou não é?“ – Parafraseando o Pr. Antônio Cirilo.
No mais, fiquem na paz.
Júlio Servo.